As revoltas e manifestações da Síria têm aumentado em paralelo à repressão violenta das forças do regime. O diário El País compõe cronologicamente as tensões no país, que tiveram início em Janeiro.
26 de Janeiro de 2011. Um jovem identificado como Hasan Ali Akleh sacrifica-se na cidade de Al Hasakah, no noroeste da Síria. Várias testemunhas revelam que o acto foi um protesto contra o Governo.
28 de Janeiro. Em Ar Raqqah, uma localidade próxima de Al Hasakah, ocorre uma manifestação contra a morte de dois soldados kurdos. O mal-estar que é visível nas redes sociais ainda não se traduz em grandes mobilizações. A capital síria, Damasco, ainda não foi alcançada pelos protestos.
4 de Fevereiro. Defensores dos direitos humanos acusam as forças de segurança do regime de impedirem a população síria de manifestar-se no 'Dia da Raiva', que tinha reunido 20 mil pessoas no Iémen.
9 de Fevereiro. O New York Times avança que a Síria levanta a proibição sobre o uso de Facebook e You Tube.
20 de Março. Uma multidão lança fogo à sede governamental do partido Baaz, na cidade de Deraa, onde também foram queimados vários edifícios de tribunais e companhias telefónicas.
21 de Março. Forças do Exército Sírio fazem um cerco em Deraa, onde decorriam protestos contra a corrupção e falta de liberdade. Um rapaz de 11 anos morre na sequência de um protesto com gás lacrimogénio.
22 de Março. As autoridades sírias detêm o escritor defensor dos protestos contra o regime, Loay Hussein. Pelo quinto dia consecutivo, centenas de pessoas manifestam-se contra o presidente Bachar el Sad.
23 de Março. A repressão dos protestos causa mais quatro mortes. Mais de mil pessoas manifestam-se em redor de uma mesquita, em Deraa, com slogans contra o regime.
24 de Março. O Executivo sírio promete o aumento do salário aos funcionários públicos e a revisão da lei de emergência, após milhares de pessoas ocuparem a ruas em protesto pela morte de 37 manifestantes abatidos pela polícia.
25 de Março. A população síria convoca pelas redes sociais a evacuação de todas as mesquitas, num protesto em massa denominado 'Sexta-feira da Dignidade'. O regime tenta evitar a manifestação com promessas de abertura política e aumentos dos salários dos funcionários públicos.
No fim de 2011.Civis e soldados que desertaram o exército nacional se unificaram para iniciar uma campanha de insurgência organizada contra o Estado. Foi criado então o "Exército livre da Síria" e os combates então se intensificaram.
Fevereiro de 2012. O governo de Bashar al-Assad iniciou uma grande ofensiva contra as cidades controladas por opositores, em especial Homs que foi bombardeada por quase três semanas.
23 de Fevereiro. Dois jornalistas estrangeiros (um francês e uma americana) foram mortos depois que o prédio onde eles estavam em Homs foi bombardeado por forças do governo. A comunidade internacional rapidamente condenou o ocorrido.
12 de Abril. Ambos os lados, o Governo Sírio e os rebeldes armados da Oposição, entraram em um período de cessar-fogo mediado pela ONU.
15 de Abril. Ainda haviam relatos de bombardeio e combates em Homs, e também foram reportados várias mortes por toda a Síria, supostamente em repressões das forças do governo contra membros da oposição, apesar das promessas do fim das hostilidades feitas pelo presidente Bashar al-Assad.
16 de Abril. Um grupo de observadores internacionais chegou a Síria para checar como estava a situação do país.
1 de Maio. Hervé Ladsous, Subsecretário-Geral para Operações de Paz das Nações Unidas disse que ambos os lados estavam violando o acordo de Cessar-fogo de 12 de abril. O Secretário-Geral da ONU. Ban ki-Moon, alertou que governo e oposição deveriam cooperar com a proposta de paz.
29 de Maio, Kofi Annan viajou a Síria para apelar a ambos os lados e evitar o rompimento total do cessar-fogo.
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